EU, UM ESTRANHO NO PARAÍSO! UM TEXTO PARA DIZER NADA!

08/02/2013 12:58

 

Há três semanas atrás estreou minha primeira web novela. Até antes disso eu era simplesmente um trabalhador brasileiro, assalariado, carteira assinada e que nas horas vagas se dependura no computador para inventar. Era assim que minha mãe dizia quando eu era criança e ainda não tinha computador. Naquela época eu andava com um “renca” de papel em uma pasta com desenhos e muitos escritos, e toda noite lá estava eu na frente da TV, onde de forma engenhosa adaptei aos braços da cadeira uma tabua que servia de suporte para meus papéis. Minha mãe sempre dizia: o que esse menino já está inventando?

Eu cresci assim: o menino que inventava as coisas! Eu dava ordens nas brincadeiras. Nada de futebol, dama, corre-corre ou quaisquer coisa que seja tão limitada. Meu negócio era imaginação e levar a “negada” toda a imaginar também. Desse modo a gente brincava de Power Ranger, Polícia e ladrão ou qualquer aventura que eu propunha na hora.

Cresci (eu acho! Kkkk) e minha imaginação pousou na escrita. Minha mais distante lembrança é de 2001 quando escrevi uma peça para o dia das mães na escola onde eu estudava. Chamava-se O Segredo de Glória. Na época o texto chamou atenção porque um menino de 11 anos escreveu um texto que discutia adoção e paternidade! Dali em diante foram textos e mais textos até que em 2006, com ajuda de um amigo, fundei a Companhia Teatral Torypabas, do qual por seis anos sempre escrevi, atuei e dirigi todas as peças. Ah, detalhe! Todas eram comédias! Um palhaço nato nessa vida. Hoje, por ser até o momento a única opção desembarquei no mundo das web’s para não deixar que essa locomotiva louca chamada “minha imaginação” pare de trabalhar.

Entrei em um mundo dominado por feras. Um mundo de grandes nomes. Um mundo de mercado formado. Cheguei e descobri que muito dessas feras são meros gatinhos. Que esses grandes nomes se completam com o meu. E que esse mercado foi quebrado. Sim, sem nenhuma modéstia admito tudo isso. Doa a quem doer. Acredite quem quiser. Eu tenho é pedigree! Em três capítulos de PELE DE CORDEIRO já postados, vejo a repercussão da minha obra de modo silencioso ir crescendo. Sou maranhense mas minha tática foi bem mineira: comer quieto e pelas beiradas. Mesmo modesto me alegro em ver que em menos de um minuto, tempo de apenas compartilhar o terceiro capítulo na página Recanto dos Escritores no Facebook e ir conferir se saiu tudo bem, o capítulo de PELE DE CORDEIRO já tinha seis curtidas! Os outros dois capítulos atingiram os dois dígitos de curtidas! O tráfego causado pela web e a minha coluna Wanderson Mota Comenta são as líderes de acessos no meu site! Fico feliz em vir dividir o mercado.

E não para por aí. Sempre me recusaram nas outras emissoras. Nunca me deram chance de nada. E hoje no entanto recusei já quatro propostas de escrever web novelas para algumas emissoras. Já fiz muitos amigos por causa de PELE DE CORDEIRO. Basta postar um capítulo que logo essa criaturas já estão no face tentando arrancar informações sobre os próximos capítulos.

Tudo isso que falei aí em cima não é para me gabar. Isso aí não é nada. Nadinha mesmo. Acontece, se repete, vai continuar a acontecer e isso nem me bate a passarinha, como dizem por aqui. Falo tudo isso somente para alertar sobre a responsabilidade do produto que oferecemos. A atenção que prestamos aos nossos “telespectonautas” é a alma do negócio. Minha coluna onde escrevo essas dicas baseadas em filosofia de botequim é o que faz não só de PELE DE CORDEIRO como o MUNDO WEB NOVELAS algo diferente nesse meio badalado. Uma hora vou parar com tudo isso. E não está longe. Abuso rápido as coisas. O único motivo de ainda estar nessa é o publico que cativei. Não tem preço alguém conversar contigo no msn dizendo que te conheceu em uma matéria no Point das Webs. Não tem preço alguém vir questionar você sobre os mistérios da sua obra, que você jurava que ninguém nunca iria se importar! Não tem preço apostar! Não tem preço ser escritor! Não tem preço tudo isso. E ainda assim sai caro! Custa meu tempo, minha paciência, minha alimentação, meu sono, meus relacionamentos... Quanto a isso, já estou cansado de ouvir meu amor dizendo: Você dar mais atenção para esses capítulos de PELE DE CORDEIRO do que pra mim! Estou pondo em jogo o futuro da família Mota! Kkkkk